QUINTA-FEIRA SANTA: Inicia o tríduo pascal. Nela se faz a memória de fatos centrais da história da salvação. O centro da quinta-feira santa é a instituição da Eucaristia, do sacerdócio cristão a serviço e o novo mandamento do amor, fundado na não-violência.

a) A instituição da Eucaristia nos lembra a partilha dos bens. Se todos somos filhos e filhas do mesmo Pai, se todos somos irmãos, a mesa do mundo deve ser para todos, sem fome, sem miséria, sem exclusões. Eis o convite da Eucaristia. Quem comunga sinceramente deve querer um mundo mais partilhado.

b) O sacerdócio cristão colocado a serviço do povo nos lembra que o poder deve ser partilhado. Que o maior é aquele que serve. Que nossa atitude fundamental deve ser a do lava-pés, e não a busca desenfreada das honras, do prestígio, que acaba dominando os mais fracos.

c) O mandamento do amor nos lembra que a atitude suprema do ser humano, a exemplo de Cristo, é o perdão, a acolhida, a solidariedade, e empenho pela justiça, da qual vem a paz. Nunca o ódio, o revide, a violência, a guerra.

Refletindo: Como cristãos: estamos assumindo o ensinamento da Eucaristia, que é partilha? Do lava-pés, que é serviço ao próximo? Do novo mandamento de Jesus, o Bom Samaritano, que nos manda amar como ele amou?

SEXTA-FEIRA SANTA: O mistério da Pascoa nasce a partir do sangue de Cristo derramado na cruz. Na celebração da paixão e morte de Cristo fazemos memória da sua entrega ao Pai, em vista do Reino. Unindo nossos passos aos passos de Cristo morto, elevamos nossa oração a toda a humanidade que foi resgatada pelo seu sangue redentor. Comungando o seu corpo e o seu sangue recebemos dele a força para vencer as cruzes do nosso dia-a-dia.

SÁBADO SANTO: VIGÍLIA PASCAL: Nessa vigília transparece a unidadecontinuidade entre o Antigo e o Novo Testamento, bem como a unidade entre a Palavra, que anuncia a salvação, e os sacramentos, sobretudo o batismo e a eucaristia que atualizam e celebram a salvação. Em clima de expectativa, a comunidade cristã recorda e revive o acontecimento salvífico da morte-ressurreição de Cristo. É celebrada na alegria, porque mesmo o mal, o pecado e a morte, ainda presentes e atuantes em nossa vida, são marcados pela esperança da vitória que, em Cristo, já aconteceu.